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Duas pessoas beijarem-se nos lábios em público é inadmissível? Na Indonésia é!
Cuspir para o chão na rua é um ato de higiene? Na China é!
Comer uma sopa de cão é um hábito repugnante? Na Coreia do Sul não é!
E os exemplos da diversidade de padrões de cultura e de códigos morais, de costumes e tradições, multiplicam-se indefinidamente.
Ora, esta é uma das razões em que se baseia a teoria do relativismo cultural (RC) para defender que: i) os juízos morais têm valor de verdade e ii) o critério que determina o valor de verdade de um juízo moral é o que a maioria das pessoas numa sociedade ou cultura convenciona, ou seja, o certo e o errado dependem das preferências sociais ou culturais: um comportamento considerado bom numa cultura, pode ser considerado mau noutra. Dizer «As mulheres não devem ter os mesmos direitos dos homens» significa dizer «Esta cultura aprova a desigualdade de género»; dizer «As mulheres devem ter os mesmos direitos dos homens» significa dizer «Esta cultura reprova a desigualdade de género».
Portanto, o RC limita ao âmbito de uma sociedade ou cultura a validade do que é considerado verdadeiro ou falso - os juízos morais são relativos a cada cultura - e nenhuma sociedade ou cultura tem mais razão do que outra, devendo respeitar e abster-se de julgar as outras.
Para o RC, o bem e o mal são convenções sociais e variam de sociedade para sociedade (tal como a obrigação de conduzir pela esquerda ou pela direita é uma convenção), pelo que não há juízos morais objetivamente verdadeiros ou falsos, que sejam aceites por todas as culturas da mesma forma.
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